ISO - Conheça!

O que é ISO ?

A sigla "ISO" refere-se à International Organization for Standardization, organização não-governamental fundada em 1947, em Genebra, e hoje presente em cerca de 157 países. A sua função é a de promover a normatização de produtos e serviços, para que a qualidade dos mesmos seja permanentemente melhorada.

ISO 9000 - Designa um grupo de normas técnicas que estabelecem um modelo de gestão da qualidade para organizações em geral, qualquer que seja o seu tipo ou dimensão.

ISO 9001:1994 - Essa norma tinha a garantia da qualidade como base da certificação.

ISO 9001:2000 - Para solucionar as dificuldades da anterior, esta norma combinava as 9001, 9002 e 9003 em uma única, doravante denominada simplesmente 9001:2000.

ISO 9000:2005 - Foi a única norma lançada nesse ano, descrevendo os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade que, no Brasil, constituem o objeto da família ABNT NBR ISO 9000, e definindo os termos a ela relacionados.

ISO 9001:2008 - Esta nova versão foi elaborada para apresentar maior compatibilidade com a família da ISO 14000, e as alterações realizadas trouxeram maior compatibilidade para as suas traduções e consequentemente um melhor entendimento e interpretação de seu texto.

No Brasil

A família de normas NBR ISO 9000:1994 (9001, 9002 e 9003) foi cancelada e substituída pela série de normas ABNT NBR ISO 9000:2000, que é composta de três normas:
  • ABNT NBR ISO 9000:2005: Descreve os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade e estabelece a terminologia para estes sistemas.
  • ABNT NBR ISO 9001:2008: Especifica requisitos para um Sistema de Gestão da Qualidade, onde uma organização precisa demonstrar sua capacidade para fornecer produtos que atendam aos requisitos do cliente e aos requisitos regulamentares aplicáveis, e objetiva aumentar a satisfação do cliente.
  • ABNT NBR ISO 9004:2010: Fornece diretrizes que consideram tanto a eficácia como a eficiência do sistema de gestão da qualidade. O objetivo desta norma é melhorar o desempenho da organização e a satisfação dos clientes e das outras partes interessadas.
Não existe certificação para as normas ABNT NBR ISO 9000:2000 e ABNT NBR ISO 9004:2000.

ISO 14000 - É uma série de normas desenvolvidas pela International Organization for Standardization (ISO) e que estabelecem diretrizes sobre a área de gestão ambiental dentro de empresas.

- Norma relativa aos sistemas de gestão ambiental.

Este subcomitê desenvolveu a norma ISO 14001 que estabelece as diretrizes básicas para o desenvolvimento de um sistema que gerenciasse a questão ambiental dentro da empresa, ou seja, um sistema de gestão ambiental. É a mais conhecida entre todas as normas da série 14000.
- Normas relativas às auditorias na área de meio ambiente.
  • ISO 14010: os princípios gerais para execução das auditorias;
  • ISO 14011: os procedimentos para o planejamento e execução de auditorias num sistema de gestão ambiental;
  • ISO 14012: os critérios para qualificação de auditores (quem executa as auditorias).
  • ISO 14015: as avaliações ambientais de localidades e organizações.
  • ISO 19011: guias sobre auditorias da qualidade e do meio ambiente.
- Normas relativas à rotulagem ambiental.

  • ISO 14020: Estabelece os princípios básicos para os rótulos e declarações ambientais (criada em 1998 e revisada em 2002).
  • ISO 14021: Estabelece as auto-declarações ambientais - Tipo II (criada em 1999 e revisada em 2004).
  • ISO 14024: Estabelece os princípios e procedimentos para o rótulo ambiental Tipo I (criada em 1999 e revisada em 2004).
  • ISO TR 14025: Estabelece os princípios e procedimentos para o rótulo ambiental Tipo III (criada em 2001).
No ano de 2003, foi iniciada a criação da ISO 14025 relativa ao Selo Verde Tipo III que poderá ser usada como empecilho para às exportações dos produtos de países que não estejam adequados e preparados. 

- Normas relativas a avaliação do desempenho (performance) ambiental. 
  • ISO 14031: Diretrizes para a avaliação do desempenho (performance) ambiental. Ela inclui ainda exemplos de indicadores ambientais.
  • ISO 14032: Exemplos de avaliação do desempenho ambiental.
- Normas relativas à análise durante a existência (análise de ciclo de vida). 
  • ISO 14040: Estabelece as diretrizes e estrutura para a análise do ciclo de vida (criada em 1997).
  • ISO 14041: Estabelece a definição do escopo e análise do inventário do ciclo de vida (criada em 1998).
  • ISO 14042: Estabelece a avaliação do impacto do ciclo de vida (criada em 2000).
  • ISO 14043: Estabelece a interpretação do ciclo de vida (criada também em 2000).
  • ISO 14048: Estabelece o formato da apresentação de dados (criada em 2002).
  • ISO TR 14047: Fornece exemplos para a aplicação da ISO 14042 (criada em 2003).
  • ISO TR 14049: Fornece exemplos para a aplicação da ISO 14041 (criada em 2000).
Com a finalidade de facilitar a aplicação, as normas 14040, 14041, 14042 e 14043, foram reunidas em apenas dois documentos (14041 e 14044).


- Normas relativas a definições e conceitos.  
  • ISO 14050 Rev. 1: Publicada em 2002 e revisada em 2004. Toda a terminologia utilizada em todas as normas citadas anteriormente (relativas à gestão ambiental) é definida na norma ISO 14050.
- Normas relativas à integração de aspectos ambientais no projeto e desenvolvimento de produtos.
  • ISO TR 14062: Estabelece a integração de aspectos ambientais no projeto e desenvolvimento de produtos (criada em 2002 e revisada em 2004). Nesta norma foi criado o conceito de ecodesign.
- Normas relativas à comunicação ambiental. 

  • ISO/TC 207/WG 4: Estabelece diretrizes e exemplos para a comunicação ambiental.
  • ISO 14063: Estabelece o que foi definido sobre comunicação ambiental (criada em 2006).
- Normas relativas às mudanças climáticas.
  • ISO/TC 207/WG 5: Estabelece a medição, comunicação e verificação de emissões de gases do efeito estufa, a nível de entidades e projetos.
  • ISO/TC 14064 Parte 1: Relativa aos gases do efeito estufa, diz respeito a especificação para a quantificação, monitoramento e comunicação de emissões e absorção por entidades.
  • ISO/TC 14064 Parte 2: Relativa aos gases estufa, diz respeito a especificação para a quantificação, monitoramento e comunicação de emissões e absorção de projetos.
  • ISO/TC 14064 Parte 3: Relativa aos gases estufa, diz respeito a especificação e diretrizes para validação, verificação e certificação.
  • ISO/TC 207/WG 6: Estabelece a acreditação.
  • ISO 14065: Relativa aos gases estufa, diz respeito aos requisitos para validação e verificação de organismos para uso em acreditação ou outras formas de reconhecimento.
Todas estas normas foram publicadas em 2006.

Fontes: http://pt.wikipedia.org/wiki/ e www.iso9000.com.br/basicas.htm 

ISO 26000

O que é?

A ISO 26000 surge para ser a primeira norma internacional de Responsabilidade Social Empresarial. Ela começou a ser desenvolvida em 2005 e sua versão final será publicada no final 2010. O documento tem como objetivo traçar diretrizes para ajudar empresas de diferentes portes, origens e localidades na implantação e desenvolvimento de políticas baseadas na sustentabilidade.
A norma foi construída com a participação de diversos setores da sociedade, em todo mundo, e liderada por um brasileiro: o engenheiro Jorge Cajazeira, gerente corporativo de competitividade da Suzano Papel e Celulose, responsável pelo Grupo de Trabalho e Responsabilidade Social da ISO (International Organization for Standardization).
Criação
Foi durante uma reunião do Comitê de Política de Consumidores da ISO (Copolco), em 2001, que se cogitou, pela primeira vez, a criação de uma norma global de Responsabilidade Social Corporativa. No entanto, o documento só passou a ser discutido em 2005. Desde então, uma série de encontros do comitê organizador já ocorreram em diversas partes do mundo.

Diretrizes para uma conduta sustentável

A norma internacional tem a proposta de servir como um importante norte para as corporações e não como uma certificadora. Os sete princípios da ISO 26000 são:

• Responsabilidade;
• Transparência,
• Comportamento Ético;
• Consideração pelas partes interessadas;
• Legalidade;
• Normas Internacionais;
• Direitos Humanos.

Além dos princípios, os temas centrais do documento envolvem as áreas de Direitos Humanos; Práticas de Trabalho; Meio Ambiente; Práticas Leais de Operação; Combate à Corrupção e Propina; Consumidores e Desenvolvimento aliado a participação comunitária. As empresas terão de aplicar ações de cada área citada em suas gestões.

Importância

Faltava um instrumento oficial capaz de integrar a forma como as organizações lidam com o mundo à sua volta. Essa é a grande importância da ISO 26000, que apesar de reconhecer que já existem muitas respostas para tais demandas, entende, ao mesmo tempo, que há a necessidade de estruturá-las. Vivemos em um tempo de crise nos setores econômico, ambiental e social em todo o mundo. Empresas e associações de todos os segmentos pecam pela ausência de ética, ao desconsiderarem seus públicos e até mesmo os próprios funcionários. Soma-se aí o fato de que o conceito de sustentabilidade empresarial ainda é novo, o que provoca ruídos na comunicação das empresas em relação ao tema. Todos esses fatores favorecem a consolidação da ISO 26000 como mecanismo internacional.

Os stakeholders

Os stakeholders (partes interessadas) são pessoas ou entidades afetadas pelas atividades de uma determinada empresa. Em suma, são todos os envolvidos em um processo, que pode ser temporário, como um simples projeto, ou duradouro, a exemplo da missão norteadora de cada organização. Os stakeholders são fundamentais para o sucesso de qualquer empreendimento. Por essa razão, pode-se dizer que eles são imprescindíveis também para a ISO 26000. A norma oferece orientação a respeito da identificação, priorização e engajamento de suas partes interessadas.

Dificuldades

A norma ISO 26000 deverá servir pelo menos a 50 países de todo o mundo. Como cada país possui uma particularidade em si, as diferenças culturais foram o principal entrave para a aceleração do projeto. Nos Estados Unidos, por exemplo, as empresas não têm a cultura das doações e, quando as praticam, são vistas com maus olhos. Lá, o tradicional é que as pessoas públicas tenham o engajamento social. Ou seja, os presidentes ou donos das corporações fazem as doações em seus nomes. No Brasil, é feito justamente o contrário.
Apesar das distinções, os líderes internacionais da ISO 26000 sempre estiveram otimistas e acreditaram que estas diferenças é o que iria fazer da norma algo relevante e verdadeiro. Um exemplo é a Declaração Mundial dos Direitos Humanos, da ONU, que abrange dezenas de nações ao explorar os pontos que elas têm em comum.
O respeito aos acordos internacionais estabelecidos também é uma premissa da norma. Esse cuidado evitará, por exemplo, práticas protecionistas no comércio internacional, além de um possível desrespeito a autoridade de instituições legítimas e representativas

Dicas para quem não quiser ficar de fora da RSE

De acordo com Cajazeira, que há 19 anos trabalha na Suzano Papel e Celulose e é referência quando o assunto é a sustentabilidade dos negócios, as empresas que querem ser perenes no mercado precisam implantar políticas de Responsabilidade Social Empresarial. “As empresas que optarem por não aderir às RSE poderão ganhar muito dinheiro fácil, durante algum tempo, mas logo depois irão acabar, porque o modelo de gestão desses novos tempos é pautado na transparência e na ética das organizações”, explicou. O executivo listou dois fatores tidos por ele como essenciais para quem deseja aplicar uma gestão socialmente responsável:

1º - Ter comprometimento com todos os públicos em que a empresa causa impacto.
2º - Procurar as instituições competentes para auxiliar na implantação de políticas de Responsabilidade Socioempresarial, como, por exemplo, o Instituto Ethos.

Fonte: Portal EcoD