Engenho do Campo : : 2012

1ª Oficina | 2011 - Engenho do Campo alia plantio de mudas à educação socioambiental


Dinâmicas de observação, teste de conhecimentos e visita ao vivieiro marcaram o primeiro dia de atividades do projeto.

Numa parceria entre EMCANTAR, Engeset, CCA Consultoria e Gestão Ambiental e IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, o projeto Engenho do Campo se propõe a despertar nos jovens universitários participantes um olhar menos técnico e mais prático para as questões ambientais que os cercam. A partir da prática da produção e distribuição de mudas, esses jovens serão estimulados a repensar ações individuais e coletivas que minimizem impactos no meio ambiente.

Durante a primeira das oito oficinas até novembro, Francine Rezende, artista-educadora do EMCANTAR, fez os primeiros esclarecimentos sobre o funcionamento do projeto em 2011 e realçou o caráter engajado e conscientizador do Engenho do Campo. "Ao longo do ano, complementaremos o que vocês aprendem na faculdade com o lado mais visceral, mais humano da atividade ambiental. Todos nós precisamos entender que um projeto ambiental não se faz para as pessoas, mas com as pessoas", introduziu Francine.

Dez pessoas entre estudantes, professores, membros do EMCANTAR e representantes da ENGESET estiveram presentes na primeira oficina. Luciano Caixeta, professor universitário e parceiro do Engenho do Campo desde o primeiro ano, deu o estímulo inicial: "Mais do que ter ideias, a gente prima por colocar em ação. Vamos firmar um acordo com o que cada um de nós queremos para o planeta. Mais do que um projeto de estudo, o projeto é uma gama de oportunidades".

A primeira dinâmica da oficina teve como foco a observação do espaço. Francine convida os participantes a fecharem os olhos e, a partir do contato que tiveram desde o momento em que entraram, descrever a sala onde estão com o maior número de detalhes. Na sequência, os estudantes compartilham os sentimentos que vivenciaram com a dinâmica. Companheirismo, memória, descontração, trabalho em equipe e agonia (por não lembrar alguns dos elementos que compõem o espaço) foram algumas das sensações mencionadas.

O senso de observação agora é dirigido para os hábitos diários de consumo de cada um. Inicia-se então uma roda de conversas sobre a relação cotidiana de cada um com o meio ambiente, em que repensar o uso da energia elétrica se destaca como a ação mais comentada. Desligar o monitor do computador quando não usado e tirar a televisão da tomada ao invés de mantê-la em stand by, dois exemplos práticos compartilhados pela Francine, são duas medidas de fácil aplicação e que contribuem significativamente para a diminuição do gasto de energia mensal - e consequentemente para a despesa que isso gera. "É importante perceber que nós crescemos, aprendemos, acompanhamos o planeta girando de uma forma. Agora não está dando mais", provoca a oficineira.

Próximo desafio: qual é o histórico e a noção geral dos participantes sobre educação ambiental? É a partir desse questionamento que tem início uma segunda dinâmica, que convida os participantes a localizarem os principais acontecimentos ambientais da história numa linha de tempo. Alguns eventos são lembrados logo de início: Agenda 21, Rio 92, Campanha da Fraternidade, Protocolo de Kyoto.

Depois do brainstorm, hora de testar conhecimentos: divididos em grupos, os participantes tiveram que apontar a que década pertence cada acontecimento ambiental especificado. A discussão seguinte passou pela questão dos alimentos orgânicos e seus benefícios, pelo mercado ambientalmente responsável e sua produtividade, entre outros assuntos.

Na sequência, Francine conduziu os participantes para uma visita ao viveiro do projeto Engenho do Campo nas dependências da ENGESET. O objetivo era conhecer o ambiente de estudo e de plantio de mudas que será utilizado ao longo do ano. Na ocasião, o professor Luciano Caixeta apontou especificidades de algumas plantas e peculiaridades no cuidado com cada uma delas.

Reportagem Publicada no Site: http://emcantar.org/