Pesquisa cria modelo para recuperar vegetação em florestas degradadas
O engenheiro florestal Rafael Salomão, do Museu Paraense Emílio Goeldi, apresentou no início de dezembro os primeiros resultados da pesquisa que desenvolve na Floresta Nacional Saracá-Taquera, em Oriximiná, a cerca de 880 quilômetros de Belém, no Pará. O estudo propõe a aplicação de um modelo estatístico para recuperar áreas de florestas degradadas.
A partir da análise de uma região com floresta degradada pela extração de bauxita na Flona Saracá-Taquera, explorada pelo Mineração Rio do Norte, Salomão criou um modelo que ajuda a determinar espécies essenciais e secundárias para regenerar a vegetação da melhor forma possível. O próximo passo consiste em criar um programa de computador para simplificar os cálculos do modelo estatístico, auxiliando produtores na regeneração de suas florestas.
Dessa forma, o modelo criado por Salomão poderia ser aplicado em qualquer área florestal, não necessariamente na Amazônia.
Para desenvolver o estudo, porém, ele avaliou uma área de vegetação densa e com um tipo de degradação acentuada. “Apesar de pontuais, as modificações causadas na vegetação pela mineração são muito intensas. As áreas de exploração mineral representam o extremo da degradação artificial”, diz ele
A extração de bauxista exige a retirada completa de toda a cobertura vegetal de floresta, segundo Salomão. Depois, ainda é necessário escavar de 4 a 10 metros de terra no solo para alcançar o minério. “O ambiente fica completamente desestabilizado. Todas as propriedades do solo são alteradas”, diz.
Como seria feita a regeneração de uma área assim? De acordo com o pesquisador, a literatura científica existente sobre o tema é muito vaga. Existe uma orientação consensual para o produtor plantar cerca de 80 espécies para regenerar a área destruída. “Mas nenhum trabalho feito até agora identifica que espécies seriam essas”, explica Salomão.
A partir de um inventário florestal, ele identificou cerca de 1.500 espécies na Flona Saracá-Taquera e começou a aplicar índices ecológicos e socioeconômicos sobre elas.
Os critérios usados consideram abundância de espécies e dados específicos sobre as árvores, como o diâmetro do tronco e o peso. O pesquisador também availou valores comerciais das árvores, considerando preço da madeira e de produtos florestais não madeireiros que as espécies podem fornecer.
O resultado matemático permite determinar espécies-chave para a regeneração da área. “O modelo indica de 25 a 35 espécies assim, além de outras secundárias que interagem bem com elas”, diz Salomão. Com o modelo, o pesquisador visa a recuperação de áreas degradadas no menor tempo possível. (Fonte: Globo Amazônia)
A partir da análise de uma região com floresta degradada pela extração de bauxita na Flona Saracá-Taquera, explorada pelo Mineração Rio do Norte, Salomão criou um modelo que ajuda a determinar espécies essenciais e secundárias para regenerar a vegetação da melhor forma possível. O próximo passo consiste em criar um programa de computador para simplificar os cálculos do modelo estatístico, auxiliando produtores na regeneração de suas florestas.
Dessa forma, o modelo criado por Salomão poderia ser aplicado em qualquer área florestal, não necessariamente na Amazônia.
Para desenvolver o estudo, porém, ele avaliou uma área de vegetação densa e com um tipo de degradação acentuada. “Apesar de pontuais, as modificações causadas na vegetação pela mineração são muito intensas. As áreas de exploração mineral representam o extremo da degradação artificial”, diz ele
A extração de bauxista exige a retirada completa de toda a cobertura vegetal de floresta, segundo Salomão. Depois, ainda é necessário escavar de 4 a 10 metros de terra no solo para alcançar o minério. “O ambiente fica completamente desestabilizado. Todas as propriedades do solo são alteradas”, diz.
Como seria feita a regeneração de uma área assim? De acordo com o pesquisador, a literatura científica existente sobre o tema é muito vaga. Existe uma orientação consensual para o produtor plantar cerca de 80 espécies para regenerar a área destruída. “Mas nenhum trabalho feito até agora identifica que espécies seriam essas”, explica Salomão.
A partir de um inventário florestal, ele identificou cerca de 1.500 espécies na Flona Saracá-Taquera e começou a aplicar índices ecológicos e socioeconômicos sobre elas.
Os critérios usados consideram abundância de espécies e dados específicos sobre as árvores, como o diâmetro do tronco e o peso. O pesquisador também availou valores comerciais das árvores, considerando preço da madeira e de produtos florestais não madeireiros que as espécies podem fornecer.
O resultado matemático permite determinar espécies-chave para a regeneração da área. “O modelo indica de 25 a 35 espécies assim, além de outras secundárias que interagem bem com elas”, diz Salomão. Com o modelo, o pesquisador visa a recuperação de áreas degradadas no menor tempo possível. (Fonte: Globo Amazônia)
Casca de banana transformada em pó pode despoluir água

“Só na Grande São Paulo, quase quatro toneladas de cascas de banana são desperdiçadas por semana. E isso é apenas nos restaurantes”, diz a pesquisadora. Boniolo já trabalhava com estratégias de despoluição da água, mas eram métodos caros – como as nanopartículas magnéticas -, o que inviabilizava o uso em pequenas indústrias. Com as cascas de banana, não há esse problema. Como o produto tem pouquíssimo interesse comercial, já existem empresas dispostas a simplesmente doá-las. Massa crítica – “Como o volume de sobras de banana é muito grande, as empresas têm gastos para descartar adequadamente esse material. Isso é um incentivo para que elas participem das pesquisas”, afirma.
O método de despoluição se aproveita de um dos princípios básicos da química: os opostos se atraem. Na casca da banana, há grande quantidade de moléculas carregadas negativamente. Elas conseguem atrair os metais pesados, positivamente carregados. Para que isso aconteça, no entanto, é preciso potencializar essas propriedades na banana. Isso é feito de forma bastante simples e quase sem gastos de energia.
“Eu comecei fazendo em casa. É realmente muito fácil”, diz Boniolo.
As cascas de banana são colocadas em assadeiras e ficam secando ao sol durante quase uma semana. Esse material é então triturado e, depois, passa por uma peneira especial. Isso garante que as partículas sejam uniformes. O resultado é um pó finíssimo, que é adicionado à água contaminada. Para cada 100 ml a serem despoluídos, usa-se cerca de 5 mg do pó de banana.
Em laboratório, o índice de descontaminação foi de no mínimo 65% a cada vez que a água passava pelo processo. Ou seja: se for colocado em prática repetidas vezes, é possível chegar a níveis altos de “limpeza”. O projeto, que foi apresentado na dissertação de mestrado da pesquisadora no Ipen (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares), foi pensado com urânio.
Mas, segundo Boniolo, é eficaz também com outros metais, como cádmio, chumbo e níquel – muito usados na indústria. Além de convites para apresentar a ideia no Brasil e na Inglaterra, a química também ganhou o Prêmio Jovem Cientista.
Agora, segundo ela, é preciso encontrar parceiros para viabilizar o uso da técnica em escala industrial. (Fonte: Folha.com)
Estudo diz que bioinvasores são bomba-relógio ambiental

Eles estão dizendo isso, em artigo científico publicado na revista “PNAS”, porque analisaram os padrões de bioinvasão em 28 países europeus no século 20 e chegaram a duas conclusões.
Primeiro, quanto mais quente está a atividade econômica de um país, mais espécies “imigrantes” ele atrai.
Isso porque crescimento econômico estimula atividades que trazem muitas espécies de outros lugares, notoriamente o transporte marítimo – estima-se que mais da metade dos casos de bioinvasão envolvam navios.
Acontece assim: para aumentar a estabilidade quando descarregados, os navios se enchem de água num tanque que atua como lastro. As espécies de um lugar viajam clandestinas nos tanques e chegam aos novos habitats.
A outra conclusão é que as espécies invasoras, em geral, não viram pragas assim que chegam ao seu destino.
Vários anos são necessários para que se estabeleça uma população mínima, a partir da qual a espécie ganha fôlego para se reproduzir rápido e ocupar nichos ecológicos que antes eram de espécies nativas.
Esse prazo varia dependendo da espécie invasora e da abundância de alimentos que ela acha no novo lar, mas a equipe de Dullinger descobriu que ele costuma ficar entre 20 anos e um século.
Assim, a ressaca biológica do século 20, no qual os países criaram riqueza como nunca antes na história, deve chegar nas próximas décadas, quando os períodos de “aclimatação” terminarem.
A bioinvasão acarreta perda da biodiversidade, pois as espécies nativas, forçadas a concorrer com as invasoras, podem acabar extintas. Desde 1600, 39% das extinções com causas conhecidas estavam relacionadas à competição com espécies invasoras.
São espécies invasoras no Brasil o búfalo, várias espécies de rato, o Aedes aegypti e as abelhas africanas. (Fonte: Folha.com)
Encaminhadas por Amanda França.
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